19 de jan. de 2014


Durante a leitura tentei o tempo todo relaxar, mas foi praticamente impossível. Ficava analisando tudo o que estava acontecendo, tentando entender o que o autor estava querendo me dizer, visto que as mensagens verdadeiras, tocantes, estavam exatamente em suas entrelinhas.
Acreditei em cada uma das palavras escritas pelo autor. Consegui vivenciar a dor e os problemas relatados em seus capítulos e fiquei muito satisfeita com o seu final. Com certeza uma leitura recomendada.

A culpa é das estrelas
John Green
Editora Intrínseca
288 páginas

A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma.

Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.

Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

A culpa é das estrelas escrito por John Green, é um romance sick-lit, gênero da literatura que traz como foco, alguma doença ou enfermidade entre os personagens principais.

Antes de começar a falar sobre o livro, preciso relatar a minha relutância em ler essa história. Desde o lançamento, quanto mais eu lia alguma resenha, mais compreendia que o livro precisava continuar no final da pilha. Pela curta sinopse, consegui imaginar como seriam os acontecimentos, e não estava no momento certo para me arriscar com o enredo, imaginando que terminaria o livro em lágrimas. Até que resolvi deixar esses pensamentos bobos de lados e comecei a ler. Com várias pessoas dizendo que a história era emocionante, estava com medo de me decepcionar com o que iria encontrar.

O romance entre Hazel e Gus é fofo e delicado. Hazel ainda sofre com o tratamento do câncer, e apenas espera que a sua vida termine para que não tenha mais que sofrer, nem ver os pais sofrendo. Gus já completou o tratamento, e mesmo tendo perdido uma perna por causa do câncer, é uma pessoa positiva que quer ajudar os amigos. Quando os dois se conhecem, a fragilidade da doença faz com que eles se aproximam e se entendam ainda mais do que qualquer outra pessoa. Mas nem tudo são flores...

Contrariando todas as opiniões que li sobre o livro, eu não gostei da história. Entendam que o problema não é a escrita do autor, ou crueldade da doença, ou até mesmo alguma mania da personagem Hazel. Eu simplesmente não consegui gostar do enredo. Desde o começo, eu já imaginava o final. E isso não é spoiler, só pelo tema você já pode imaginar o que vai acontecer. Mas mesmo assim, não fiquei desanimada e continuei a leitura, para deixar de participar do pequeno grupo que ainda não leu o livro.

Não posso negar que a história é trágica, linda, emocionante, cruel, fria, e maltrata o coração de qualquer leitor com o tema tão forte e atual. Mas não consegui sentir aquela vontade de derramar algumas lágrimas que os dramas nos fazem sentir, e isso me frustrou. Talvez em outro momento, em outra hora, eu venha a olhar o livro com outros olhos e consigam sentir todas as emoções que tantas pessoas sentiram. Mas, no momento, a história não me atingiu a ponto de se tornar marcante.

Mas, por favor, não deixem de ler o livro. Como podem notar, sou uma das poucas pessoas que não gostaram da história o que significa que eu sou o problema. Para pessoas que gostam de enredos recheados por dramas, com personagens sarcásticos, A culpa é das estrelas é uma leitura obrigatória. Tenho certeza que você sentirá aquilo que, no momento, não consegui sentir com o livro.
— em Brasília

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